quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Resenha - Magônia

Magônia


Magônia
Maria Dahvana Headley
Livro cedido pela editora
Número de páginas: 144
Editora: Galera Júnior
Classificação: 
Sinopse: Uma fantasia original com ótimos personagens, complexidade emocional e um universo fantástico. Aza Ray nasceu com uma estranha doença incurável que faz com que o ato de respirar se torne mais difícil. Aos médicos só resta prescrever medicamentos fortes na esperança de mantê-la viva. Quando Aza vê um misterioso navio no céu, sua família acredita que são alucinações provocadas pelos efeitos do medicamento. Mas ela sabe que não está vendo coisas, escutou alguém chamar seu nome lá de cima, nas nuvens, onde existe uma terra mágica de navios voadores e onde Aza não é mais a frágil garota enferma. Em ''Magônia'', ela não só pode respirar como cantar. Suas canções têm poderes transformadores e, através delas, Aza pode mudar o mundo abaixo das nuvens. Em uma brilhante e sensível estreia no gênero young adult, Maria Dahvana Headley constrói uma fantasia rica em nuances e cheia de simbolismo.

Magônia é o primeiro volume da trilogia homônima, sendo que o segundo volume, Aerie, foi lançado este ano nos EUA e ainda não tem previsão de lançamento por aqui.

Sobre o livro

Aza Ray está prestes a fazer 16 anos, o que é uma vitória já que ela sofre com uma doença rara, tão rara que é a única pessoa no mundo com a doença. Seus pulmões não funcionam direito, e os médicos, como não sabem o porquê, não conseguem encontram a cura para sua dificuldade em respirar. Para piorar, seu coração está fora do lugar. Isso tudo faz com que a vida de Aza seja praticamente dentro de hospitais.

Mas toda essa dificuldade é amenizada pelo amor que recebe de sua família e de seu melhor amigo Jason. Desde pequena, Aza tem Jason ao seu ao lado, que além de ser um ótimo amigo, estuda, secretamente, a doença da amiga para tentar encontrar uma cura.

Tudo começa a mudar quando, no meio de uma tempestade de raios, Aza vê navios e velas atrás das nuvens. Além disso, ela tem certeza que escutou uma voz chamando seu nome. Ela acredita que pode estar alucinando, já que esse é um dos efeitos de tomar alguns remédios. Enquanto ela conta para o amigo sobre o ocorrido, Jason cita Magônia, um possível mundo sobre as nuvens, que virou até lenda em alguns lugares do planeta.

Quando uma segunda tempestade de raios começa, Aza vê, pela janela de seu quarto, centenas de pássaros, de todas as espécies. Até que um entra pela sua boca, e ela começa a ficar sem ar. Aza é socorrida e, no caminho para o hospital, não resiste e morre.

Ao acordar, Aza encontra-se no céu e com seus pulmões funcionando bem. Magônia realmente existe, e Aza nem sempre viveu na Terra. Além disso, descobrirá que possui o poder do canto e que com ele terá que lutar pela sobrevivência e pelo sustento de Magônia.


Eu { } você mais do que [[[(((((   )))))]]]
Minha opinião

A narrativa é em primeira pessoa, contada ora sob ponto de vista de Aza, ora sob ponto de vista de Jason. Os capítulos de Jason são, sem dúvida os melhores, tive impressão de serem mais intensos. A escrita da autora leve leve, fluida e, em alguns momentos, profunda.

Sempre digo que sou “nova” lendo fantasia, para mim tudo é diferente e original. E não foi diferente com Magônia. Imagina a mistura: céu, navios, canções e pessoas-pássaros. É claro que o resultado é um livro incrível. O universo de Magônia é único e rico. Há muitos elementos para serem explorados nos próximos livros. A canção movendo o mundo e os seres ficou tocante, causou-me estranheza em alguns momentos. Confesso que achei a primeira metade do livro mais interessante e mais instigante. Gostei muito da ligação entre Magônia e a Terra, mais um elemento que espero que seja mais explorado pela a autora ao longo da trilogia.

Aza conseguiu me irritar em alguns momentos, principalmente em sua chegada em Magônia. Contudo, seus pontos fortes, como curiosidade e coragem, fizeram com que eu gostasse dela na maior parte do tempo. O povo magoniano é muito interessante. Fiquei imaginando como seria esse hibrido humano-pássaro e, na minha cabeça, criei um ser lindo. Dai, um magoniano que vira par de Aza durante as canções, é muito dedicado. Acho que vi um início de um triângulo amoroso, mas não achei nada muito explicito, por isso não sei se a intenção da autora é explorar isso nos próximos livros ou se é coisa da minha cabeça mesmo. Zal é uma personagem muito forte, quero muito saber mais sobre ela e sobre os motivos que levam ela a fazer o que fez. Jason é incrível, cheio de personalidade. Porém o modo que algumas coisas acontecem para ele no final foram surreais demais até para um livro de fantasia.


Toda a parte política da trama não foi muito explorada. Isso deixou muitas pontas soltas e muitos questionamentos. Espero que a autora desenvolva mais a problemática da história no próximo livro, pois tem muita coisa legal para ser explorada. A mitologia criada sobre os canwr é uma das coisas mais bonitas que já vi em um livro. O modo como é desenvolvido a ligação entre o canwr e o ser magoniano é fascinante.

O fim foi uma das coisas que me incomodou um pouco, tudo que aconteceu foi muito rápido e a solução muito fácil. Mesmo assim, estou ansiosa pelo segundo livro para saber o que acontecerá com Magônia e para encontrar as algumas respostas para as perguntas que ficaram nesse primeiro livro.

Se você procura uma fantasia diferente e bonita, esse livro é ideal.

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2 comentários:

  1. Oi Camila tudo bem?

    Gosto muito da premissa desse livro, quem sabe não consigo adquirir na black friday rs, amo também essa capa, esperamos que a autora consiga preencher todas as lacunas e resolver esse pontos soltos no próximo livro.

    Divagando Palavras
    www.divagandopalavras.com

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